O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº
17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades
optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico,
meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura
digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e
educação econômica.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a
Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa
Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE).
O programa visa fomentar atividades para
melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova
Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola –
IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do
estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a
escola está localizada.
Por esse motivo a área de atuação do programa
foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que
apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas
em capitais e regiões metropolitanas.
As atividades tiveram início em 2008, com a
participação de 1.380 escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar
386 mil estudantes. Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126
municípios, de todos os estados e no Distrito Federal com o atendimento
previsto a 1,5 milhão de estudantes, inscritos pelas redes de ensino, por meio
de formulário eletrônico de captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de
Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC). Em 2010,
a meta é atender a 10 mil escolas nas capitais, regiões metropolitanas -
definidas pelo IBGE - e cidades com mais de 163 mil habitantes, para beneficiar
três milhões de estudantes.
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.
A Educação Integral abre espaço para o
trabalho dos profissionais da educação, dos educadores populares, estudantes e
agentes culturais (monitores), observando-se a Lei nº 9.608/1998, que dispõe
sobre o serviço voluntário. Trata-se de uma dinâmica instituidora de relações
de solidariedade e confiança para construir redes
de aprendizagem, capazes de influenciar favoravelmente o desenvolvimento
dos estudantes. Nessa nova dinâmica, reafirma-se a importância e o lugar dos
professores e gestores das escolas públicas, o papel da escola, sobretudo
porque se quer superar a frágil relação que hoje se estabelece entre a escola e
a comunidade, expressa inclusive na conceituação de turno
x contra-turno currículo x ação complementar. As atividades poderão
ser acompanhadas por estudantes universitários, com formação específica
nos macro-campos e com habilidades reconhecidas pela comunidade.
O Programa mais educação vem somar mais
conhecimento e oportunidades, a fim de que os alunos possam ser mais assistidos
no contra turno de forma a aumentar os índices do IDEB, bem como
despertar no aluno o interesse pela aprendizagem.
As atividades fomentadas foram organizadas em macro-campos de:
• Acompanhamento Pedagógico;
• Agroecologia;
• Iniciação Científica;
• Educação em Direitos Humanos;
• Cultura, Artes e Educação
Patrimonial;
• Memórias e História das
Comunidades Tradicionais;
• Esporte e Lazer.
No contexto em que se preconiza a Educação
Integral, o projeto político pedagógico deve ser construído considerando as
experiências que são vividas na escola, sem ficar restrito ao ambiente de sala
de aula e aos conteúdos que representam os conhecimentos científicos. Nesse
sentido, é preciso oferecer às crianças, adolescentes e jovens diferentes
linguagens, e valorizar suas vivências, modificando o próprio ambiente escolar
e a produção do conhecimento. As diferentes formas que as crianças, os
adolescentes e os jovens utilizam para se expressar são as suas linguagens, por
meio das quais demonstram o que sentem e pensam sobre o mundo que os cerca.
Tais linguagens não podem ser ignoradas e
devem estar presentes na organização do espaço escolar, em diálogo com os
saberes institucionalizados. Em um mundo onde as mudanças são cada vez mais
rápidas, é necessário trabalhar com diferentes saberes.
As atividades para as crianças e jovens
participantes da Educação Integral devem estar relacionadas as atividades que
já são desenvolvidas na escola, que é uma só. Seu projeto político pedagógico,
por ser o documento que traduz a filosofia e a forma de organização pedagógica
e curricular, traduz as intenções e relações estabelecidas entre todas as
atividades desenvolvidas no ambiente educativo. É preciso pensar
um continuum no tempo
escolar que está ampliado. A organização curricular contempla não só os
conteúdos que são desenvolvidos com os alunos, mas todas as intenções
educativas da instituição. Diz respeito tanto aos conhecimentos de situações
formais e informais, assim como aos conteúdos e situações que a escola propõe
como vivência aos seus alunos e às diferentes relações estabelecidas na
condução desse processo. Nessa perspectiva, a concepção de Educação Integral
também aparece explicitada no projeto político pedagógico da escola, mostrando
as interfaces que são estabelecidas no desenvolvimento do trabalho educativo.
(Fragmentos do Livro Programa Mais Educação Passo a Passo).
Macrocampo Agroecologia
A agroecologia é um sistema de produção
agrícola alternativa que busca a sustentabilidade da agricultura familiar
resgatando práticas que permitam ao agricultor pobre produzir sem depender de
insumos industriais como agrotóxicos, por exemplo.
Vai além das técnicas orgânicas de cultivo,
pois inclui elementos ambientais e humanos, é, praticamente, um modo de vida
que busca resgatar e valorizar o conhecimento tradicional da agricultura de
base familiar.
É uma disciplina que engloba princípios
ecológicos básicos para estudar, planejar e manejar sistemas agrícolas que, ao
mesmo tempo, sejam produtivos, economicamente viáveis, preservem o meio
ambiente e sejam socialmente justos.
Em relação à agricultura tradicional, a
agroecologia se distingue ao utilizar os recursos naturais, permitindo a
renovação do solo de forma natural e mantendo a biodiversidade.
Os sistemas agroecológicos também se
desenvolvem por meio de sistemas florestais, onde se combinam atividades
extrativistas com a agricultura familiar sustentável. Nessa modalidade, o agro-extrativismo
o conhecimento e as práticas culturais de povos tradicionais são de grande
importância.
A construção da agroecologia implica no
desenvolvimento de novos valores de fundamentem as relações dos agricultores
familiares com o mercado, o que requer a criação de diferentes estratégias de
organização e comercialização com base na solidariedade e na ética. Assim, é
possível estabelecer uma aliança entre consumidores e produtores que seja
socialmente justa.
Canteiros (aula teórica e de campo)
→ Canteiros Sustentáveis
Os canteiros sustentáveis são locais onde as
hortaliças e verduras serão plantadas, de forma a gerar menos impacto ambiental
despertando no aluno o interesse pelo trabalho e a preservação ao meio ambiente
dentro de um trabalho sustentável promovendo as futuras gerações um ambiente
com menos impacto.
Na escola 15 de Junho II, o Programa Mais Educação é uma
realidade, tendo em vista que o mesmo vem sendo executado desde o mês de
outubro nos seguintes macro-campos: Macrocampo Esporte e Lazer, Macrocampo Agroecologia
e Macrocampo Memórias e Histórias das Comunidades
Tradicionais.
Abaixo, confira as imagens do macro-campo
Agroecologia com o uso de canteiros sustentáveis da Escola 15 de Junho II,
Coordenado pela professora Eliamaria Nunes de Oliveira, e supervisionado pelo
monitor Samuel, aluno do Ensino Médio do anexo da escola 15 de Junho II e
integrante da comunidade a qual a instituição encontra-se inserida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário