sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais Educação - Agroecologia



O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.
Por esse motivo a área de atuação do programa foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas.
As atividades tiveram início em 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar 386 mil estudantes. Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126 municípios, de todos os estados e no Distrito Federal com o atendimento previsto a 1,5 milhão de estudantes, inscritos pelas redes de ensino, por meio de formulário eletrônico de captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC). Em 2010, a meta é atender a 10 mil escolas nas capitais, regiões metropolitanas - definidas pelo IBGE - e cidades com mais de 163 mil habitantes, para beneficiar três milhões de estudantes.
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.
A Educação Integral abre espaço para o trabalho dos profissionais da educação, dos educadores populares, estudantes e agentes culturais (monitores), observando-se a Lei nº 9.608/1998, que dispõe sobre o serviço voluntário. Trata-se de uma dinâmica instituidora de relações de solidariedade e confiança para construir redes de aprendizagem, capazes de influenciar favoravelmente o desenvolvimento dos estudantes. Nessa nova dinâmica, reafirma-se a importância e o lugar dos professores e gestores das escolas públicas, o papel da escola, sobretudo porque se quer superar a frágil relação que hoje se estabelece entre a escola e a comunidade, expressa inclusive na conceituação de turno x contra-turno  currículo x ação complementar. As atividades poderão ser acompanhadas por estudantes universitários, com formação específica nos macro-campos e com habilidades reconhecidas pela comunidade.
O Programa mais educação vem somar mais conhecimento e oportunidades, a fim de que os alunos possam ser mais assistidos no contra turno  de forma a aumentar os índices do IDEB, bem como despertar no aluno o interesse pela aprendizagem.
As atividades fomentadas foram organizadas em macro-campos de:
 Acompanhamento Pedagógico;
 Agroecologia;
• Iniciação Científica;
• Educação em Direitos Humanos;
• Cultura, Artes e Educação Patrimonial;
• Memórias e História das Comunidades Tradicionais;
 Esporte e Lazer.
No contexto em que se preconiza a Educação Integral, o projeto político pedagógico deve ser construído considerando as experiências que são vividas na escola, sem ficar restrito ao ambiente de sala de aula e aos conteúdos que representam os conhecimentos científicos. Nesse sentido, é preciso oferecer às crianças, adolescentes e jovens diferentes linguagens, e valorizar suas vivências, modificando o próprio ambiente escolar e a produção do conhecimento. As diferentes formas que as crianças, os adolescentes e os jovens utilizam para se expressar são as suas linguagens, por meio das quais demonstram o que sentem e pensam sobre o mundo que os cerca.
Tais linguagens não podem ser ignoradas e devem estar presentes na organização do espaço escolar, em diálogo com os saberes institucionalizados. Em um mundo onde as mudanças são cada vez mais rápidas, é necessário trabalhar com diferentes saberes.
As atividades para as crianças e jovens participantes da Educação Integral devem estar relacionadas as atividades que já são desenvolvidas na escola, que é uma só. Seu projeto político pedagógico, por ser o documento que traduz a filosofia e a forma de organização pedagógica e curricular, traduz as intenções e relações estabelecidas entre todas as atividades desenvolvidas no ambiente educativo. É preciso pensar um continuum no tempo escolar que está ampliado. A organização curricular contempla não só os conteúdos que são desenvolvidos com os alunos, mas todas as intenções educativas da instituição. Diz respeito tanto aos conhecimentos de situações formais e informais, assim como aos conteúdos e situações que a escola propõe como vivência aos seus alunos e às diferentes relações estabelecidas na condução desse processo. Nessa perspectiva, a concepção de Educação Integral também aparece explicitada no projeto político pedagógico da escola, mostrando as interfaces que são estabelecidas no desenvolvimento do trabalho educativo. (Fragmentos do Livro Programa Mais Educação Passo a Passo).

Macrocampo Agroecologia

A agroecologia é um sistema de produção agrícola alternativa que busca a sustentabilidade da agricultura familiar resgatando práticas que permitam ao agricultor pobre produzir sem depender de insumos industriais como agrotóxicos, por exemplo.
Vai além das técnicas orgânicas de cultivo, pois inclui elementos ambientais e humanos, é, praticamente, um modo de vida que busca resgatar e valorizar o conhecimento tradicional da agricultura de base familiar.
É uma disciplina que engloba princípios ecológicos básicos para estudar, planejar e manejar sistemas agrícolas que, ao mesmo tempo, sejam produtivos, economicamente viáveis, preservem o meio ambiente e sejam socialmente justos.
Em relação à agricultura tradicional, a agroecologia se distingue ao utilizar os recursos naturais, permitindo a renovação do solo de forma natural e mantendo a biodiversidade.
Os sistemas agroecológicos também se desenvolvem por meio de sistemas florestais, onde se combinam atividades extrativistas com a agricultura familiar sustentável. Nessa modalidade, o agro-extrativismo  o conhecimento e as práticas culturais de povos tradicionais são de grande importância.
A construção da agroecologia implica no desenvolvimento de novos valores de fundamentem as relações dos agricultores familiares com o mercado, o que requer a criação de diferentes estratégias de organização e comercialização com base na solidariedade e na ética. Assim, é possível estabelecer uma aliança entre consumidores e produtores que seja socialmente justa.

Canteiros (aula teórica e de campo)

→ Canteiros Sustentáveis

Os canteiros sustentáveis são locais onde as hortaliças e verduras serão plantadas, de forma a gerar menos impacto ambiental despertando no aluno o interesse pelo trabalho e a preservação ao meio ambiente dentro de um trabalho sustentável promovendo as futuras gerações um ambiente com menos impacto.
Na escola 15 de Junho II, o Programa Mais Educação é uma realidade, tendo em vista que o mesmo vem sendo executado desde o mês de outubro nos seguintes macro-campos: Macrocampo Esporte e Lazer, Macrocampo Agroecologia e Macrocampo Memórias e Histórias das Comunidades Tradicionais.  
Abaixo, confira as imagens do macro-campo Agroecologia com o uso de canteiros sustentáveis da Escola 15 de Junho II, Coordenado pela professora Eliamaria Nunes de Oliveira, e supervisionado pelo monitor Samuel, aluno do Ensino Médio do anexo da escola 15 de Junho II e integrante da comunidade a qual a instituição encontra-se inserida.


















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